sábado, 4 de junho de 2011

Às vezes...

Às vezes fechamos os olhos para a verdade porque sentimos vergonha ou medo de assumir nossas próprias ideias...

Tudo ...

Tudo tem sua primeira vez, bem sucedida ou não, e a sabedoria está em fazer de cada experiência uma conquista na escalada da vida...

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Leitura Recomendada : O Rei da Vela

Oswald de Andrade


Escrito a partir de 1933, depois da crise mundial de 1929 ( em que Oswald fora arruinado), da Revolução de 30 e da Revolução Constitucionalista de 32, o texto manifesta a imensa amargura de Oswald, forçado a percorrer infindáveis escritórios de agiotagem para equilibrar-se financeiramente.
Este seu contato forçado com agiotas foi provavelmente, a causa da caracterização de um agiota como Rei da Vela. Mas o texto supera a experiência pessoal de Oswald: ele fornece, sem falsas sutilezas, os mecanismos da engrenagem em que se baseia o esquema sócio-econômico do país.
A história se inicia no escritório do agiota Abelardo I, o Rei da Vela. Burguês enriquecido à custa da privação alheia, Abelardo I tambem fabrica velas, produto de consumo certo em um país cheio de supertstições, onde todo habitante, antes de morrer, exige uma vela na mão. A vela simboliza também a incipiente industrialização do Brasil, onde ainda não se fabricavam sofisticados produtos de consumo.
 No primeiro ato, Oswald demonstra didaticamente várias facetas do personagem: surgem Abelardo II, empregado de Abelardo I,  ele pretende superá-lo. Entra um devedor que Abelardo I explora há anos e decide executar. Vários devedores são mostrados gritando através de uma jaula. Transcorre uma cena em que são examinadas as contas dos clientes, dando uma ideia do funcionamento do escritório em após uma cena com a secretária, entra Heloísa de Lesbos, noiva de Abelardo I.
Até mesmo a escolha dos nomes  é irõnica: Abelardo e Heloísa são dois famosos amantes da Idade Média. Mas, entre os noivos de Oswald, não há idealismo: Heloísa casa-se por interesse, fato sabido por Abelardo I, que também vê vantagens na aliança. Na verdade,  Heloísa é membro de uma família da aristocracia rural falida e  Abelardo I, da burguesia em ascensão. O casamento entre ambos é uma metáfora: com ele, Oswaldo simboliza a união entre essas duas classes sociais.
Surge um intelectual - Pinote - e o autor aproveita para mostrar a relaçao dos intelectuais e artistas com o poder: ou o artista aceita seu compromisso social ou, como Pinote, decide servir à burguesia. Não existe neutralidade possível,. Com a saída de Pinote, um diálogo entre Abelardo I e Heloísa volta a defini-los como elementos das classes abastadas, que vivem do suor dos trabalhadores. Em seguida, Abelardo I prepara-se para a chegada do representante do capital estrangeiro. Mr. Jones. Com  esta última personagem, Oswald completa o triunvirato e rege o país: a aristocracia rural (Heloísa) que se une à burguesia nacional (Abelardo I), para melhor servir ao capital estrangeiro ( Mr. Jones)
Assim, logo no início do segundo ato, que se passa em uma ilha tropical na baía de Guanabara, surge Heloísa em franca camaradagem amorosa com Mr. Jones. Oswald utiliza a técnica da concentração de personagens com desvios (em geral sexuais) em uma só familia para explicar a decadência da aristocracia rural. Assim, Heloísa de Lesbos possui, como o próprios nome indica, tendências homossexuais. D. Cesarina, sua mãe, mostra-se francamente acessível às investidas amorosas de Abelardo I. Totó Fruta-do-Conde, o irmão homossexual, acaba de roubar o amante da irmã, Joana, sarcasticamente apelidado João dos Divãs. O coronel Belarmino, pai de Heloísa e chefe da família, suspira por um mundo em decadência, o mundo da aristocracia rural. E Perdigoto, outro irmão da moça, bêbado e jogador, é um fascista que planeja organizar uma" milícia patriótica" para conter os colonos descontentes - ideia que interessa a Abelardo I, desde que ela possa ser utilizada para a manutenção da ordem social de que depende sua riqueza.
os desvios sexuais continuam sendo identificados com a decadência da aristocracia rural. O americano interessa-se pelo chofer e, finalmente, D. Poloca,  pilar das tradições aristocratas e virgem com mais de sessenta anos, sente-se tentada a passar uma noite com Abelardo I.
O último ato, tortuoso e alegórico, ocorre no escritório e usura. Abelardo I foi roubado por Abelardo II. Perdeu tudo o que tinha e vai suicidar-se. Abelardo I lembra a Heloísa que ela se casará com Abelardo II, o ladrão. Morre o homem, mas o sistema permanece. Antes de morrer, Abelardo I mostra-se uma personagem consciente ao discutir com Abelardo II, garantindo que a burguesia está condenada e que os proletários se unirão para tomar o poder. Mas o que até esse dia os dois, a aristocracia rural e a burguesia nacional, continuarão submetido ao americano - o capital estrangeiro. Apesar de sua consciência, pede uma vela antes de morrer. Recebe uma vela das mais baratas e , falido, o Rei da Vela será enterrado em uma vala comum. A peça termina aos acordes nupciais do casamento de Abelardo II com Heloísa. O americano comenta : "Oh! Good Business!"
No texto, com grande poder de síntese, Oswald  usa elementos que só seriam descobertos muito depois pela dramaturgia brasileira. Um deles é o rompimento com a ilusão teatral (sem ter lido Brecht). Assim, logo após a saída do cliente, Abelardo I afirma: "esta cena basta para nos identificar perante o público". 
Desse modo, a peça recusa-se a cair no ilusionismo teatral. Por sua vez, as personagens representam estágios de uma sociedade , não necessitando de diferentes nomes, desde que ocupem a mesma função. É o caso de Abelardo I e Abelardo II ambos representantes de um mesmo setor da burguesia nacional. As figuras em cena caracterizam-se como anti-heróis, expressões negativas de um mundo decadente. E o texto é cheio de sarcasmos traduzidos em uma linguagem rica e brilhante que lhes confere uma ciranda de significados.
A peça demorou trinta anos para ser apresentada em São Paulo, pelo grupo Oficina, sob a direção de José Celso Martinez Correa: a encenação marcou época na história do teatro brasileiro.
Quando de sua primeira apresentação, em 1968, o texto causou grande impacto sobre o público. Este se manifestou das mais diversas formas, desde afirmações que definiam o espetáculo como "ridículo e pornográfico" a opiniões que viam nele "uma crítica da atualidade". Não houve, porém, ninguém que permanecesse indiferente.


WWW. vestibulandoweb.com.br




Profa C@ncio                                   Castanhal, 03 de junho de 2011.

 

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Assembleia Geral

Assembleia Geral da Rede Estadual de Educação

No Centro Social de Nazaré

Às 9 horas

Dia 02 de junho de 2011.



Vamos lá...!!!...


LER É SEMPRE MUITO IMPORTANTE ...!!!...




Os 5 caminhos para chegar à Ressurreição


Senhor, na obediência dos teus caminhos, encontro e dou o perdão.

No meu coração, sinto amor
a meu próximo e a tudo que Tu criaste.


Minha alma está em P A Z contigo, meu Senhor!


Senhor Jesus, permita-me conhecer o maravilhoso poder da prosperidade para levar o Teu Santíssimo nome onde eu estiver presente.


Senhor...!!!...



Castanhal, 12 de fevereiro de 2011.